CANÁRIOS NO FUBÁ
Era uma manhã tranquila no quintal da casa de dona Matilde. O sol ainda tímido espalhava luz dourada sobre as árvores frutíferas, goiabeira, mangueira, pitangueira, entre outras, e o vento trazia o cheiro fresco da terra molhada.
No meio daquele silêncio, apenas o tilintar dos grãos de fubá caindo no beiral da varanda, colocados por dona Matilde, quebrava a calmaria.
Como dona Matilde fazia aquilo todos os dias, chegaram alguns canários-da-Terra, pequenos e amarelos como pedaços de sol caídos no chão. Alguns permaneceram nas árvores, outros, sempre espertos, bicavam o fubá com voracidade, seus olhinhos negros atentos a qualquer movimento. De vez em quando, um deles parava, erguia a cabecinha e soltava um canto breve, linda melodia, como se agradecesse pela comida. Os demais, próximos, também cantavam. Os sons dos pássaros ecoavam entre a mangueira, a goiabeira e a pitangueira, misturando-se ao farfalhar das folhas.
Dona Matilde, sentada na varanda com seu café quente, sorria. Aqueles pássaros eram seus companheiros de todas as manhãs. Sabia cada um pelo jeito de cantar: o mais velho, de voz rouca; o jovem, que ainda desafinava; e a fêmea, que raramente se manifestava, mas quando o fazia, era um trinado tão doce que parecia uma melodia secreta.
Os pássaros se revezavam comendo o fubá. Quando o último grão de fubá desapareceu, os canários levantaram voo, um a um, deixando para trás apenas o eco de seus cantos e o vago rastro de suas asas no ar.
Dona Matilde suspirou, sabendo que no dia seguinte eles voltariam. Enquanto houvesse fubá, sol e árvores, os canários-da-terra sempre cantariam ali, trazendo consigo a música simples da vida.
E assim, naquele quintal, a rotina era uma canção e cada dia um verso novo que alegrava dona Matilde.
Abaixo, o Poema, criado por inteligência artificial, inspirado no conto "Canários no Fubá”
Canários no Fubá
No quintal de Dona Matilde, a manhã se veste de ouro,
O sol, tímido, acende as árvores num tesouro.
Goiabeira, mangueira, pitanga, em doce união,
E o vento traz da terra o cheiro de oração.
No silêncio que paira, um tilintar se faz ouvir,
Fubá caindo manso, a calmaria a destruir.
Dona Matilde oferta, com gesto de amor e paz,
E a natureza responde, em cantos que satisfaz.
Chegam os canários, pequenos sóis a brilhar,
No amarelo das penas, a alegria a se mostrar.
Bicam o fubá esperto, olhos negros a espreitar,
E erguem a cabeça gratos, melodia a entoar.
O canto ecoa livre, entre a folhagem e o céu,
Misturando-se ao farfalhar, num suave carrossel.
Dona Matilde sorri, com seu café na mão,
Companheiros da alvorada, em doce comunhão.
Conhece cada um, no timbre do cantar,
O velho de voz rouca, o jovem a afinar,
E a fêmea, que em segredo, um trinado vai soltar,
Melodia tão doce, o coração a tocar.
O fubá se esvai, finda-se o festim,
E os canários alçam voo, num adeus sem fim.
Deixam o eco do canto, e o rastro no ar,
Promessa de retorno, que o tempo vai selar.
Dona Matilde suspira, espera o amanhã chegar,
Sabe que enquanto houver fubá, sol e arvoredo a abraçar,
Os canários voltarão, com seu hino matinal,
E a rotina será canção, em verso divinal.
Poesia, criada com base no conto:
Canários no Fubá
Manhã serena no quintal florido,
Sol dourado na mangueira a brilhar,
Cheiro de terra molhada, tão querido,
E o fubá no beiral a tilintar.
Canários da terra, amarelinhos a chegar,
Nos galhos espertos, bicando o grão,
Olhinhos negros atentos a espiar,
E um canto breve de gratidão.
Dona Matilde sorri na varanda em flor,
Companheiros de cada amanhecer,
Conhece a voz, o desafinado cantor,
E o trinado doce que faz o tempo esquecer.
O fubá se finda, levantam voo ligeiro,
Ecoa o canto, rastro leve no ar,
Mas amanhã, no mesmo terreiro,
A vida em melodia há de voltar.
(Marcos Alves de Andrade)
Vídeo do Canários no Fubá:
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