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ORAÇÃO CIGANA DO AMANHECER, com o lindo vídeo da Prece da Manhã
Meio Ambiente, Reflexões, Prece da Árvore
Cuidar, guardar, preservar o meio ambiente - responsabilidade de todos nós.
(Marcos Alves de Andrade)
Frase publicada também no Pensador
(Dante Alighieri)
PRECE DA ÁRVORE
Ser humano,
Protegei-me!
Junto ao puro ar
Da manhã ao crepúsculo,
Eu te ofereço:
Aroma, flores, frutos e sombra!
Se ainda assim não te bastar,
curvo-me e te dou:
Proteção para teu ouro,
Pinho para tua nota,
Teto para teu abrigo,
Lenha para teu calor,
Mesa para teu pão,
Leito para teu repouso,
Apoio para teus passos,
Bálsamo para tua dor,
Altar para tua oração
E te acompanharei até a morte...
Rogo-te: não me maltrates!
(Walter Rossi)
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A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde (poemas, conto, poesia, vídeo)
Na aconchegante casa de Dona Matilde havia um silêncio sereno todas as manhãs, mas um ritual sagrado de luz e afeto. O relógio de parede, com seu característico som de "tic-tac", marcador do tempo, com um ritmo constante que acompanhava a passagem dos momentos, marcava as primeiras horas do dia. O som dos passarinhos que vinham das árvores vizinhas anunciava que a vida estava despertando.
Dona Matilde sorria, encantada com a festa diária. Depois de um tempo, Lica diminuía o ritmo. O sol entrava mais forte, a brisa já enchia a casa, e então, como parte de um ritual sagrado, a cachorrinha deitava-se no chão, bem no quadrado que o sol desenhara. Com um suspiro de satisfação, ela se virava, revelando a sua barriguinha branca. Aquele era o ponto alto do ritual. Lica esperava pacientemente. Ali ficava, imóvel, mas com o rabinho ainda abanando. Era seu pedido silencioso, mas cheio de ternura: um carinho na barriga.
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Meio Ambiente , Natureza , Clima , Animais
A “Canção do Cão Detona” (poema); “Concerto do Cão Detona” (conto); (com vídeo)
Ecoa o piano em doce melodia.
Dedos deslizam, cordas a vibrar,
Seus olhos brilham, prontos a cantar.
Não com palavras, mas com o coração,
Um uivo sincero, pura emoção.
Desperta no cão histórias notórias.
Com seu dono, um lar, um tempo de amor,
Que vive na nota, no uivo, no ardor.
E assim se repete, dia após dia,
A mais bela forma de sinfonia.
Não há plateia, não há multidão,
Só um homem, um piano… e seu cão.
Conto que inspirou o poema:
O Concerto do Cão Detona
Na casa de esquina, ao lado de uma praça, com terraço na parte superior, telhado com telhas vermelhas, com janelas grandes e cortinas marrons, morava Marcos, um jovem com pouco mais de 20 anos de idade, seus pais e irmãs.
Na casa morava também um cachorro chamado Detona. Era um cachorro grande, de pelagem castanho-avermelhada e olhos atentos que pareciam entender mais do que apenas comandos. Havia algo de especial nele, algo que ninguém conseguia explicar. Desde cedo, ele demonstrava uma sensibilidade rara, um faro aguçado para música. Sim, música.
Marcos cresceu gostando de música. Seu pai e alguns tios participaram de bandas de música, quando jovens. Quando pequeno ganhou de seus pais um órgão musical infantil, depois, adolescente, ganhou um órgão musical maior. Logo que Marcos atingiu a maioridade, seus pais compraram um piano e o colocaram na sala. Ele gostou muito e tocava melodias naqueles instrumentos musicais quase diariamente, geralmente nas tardes.
Era fim de tarde quando Marcos, depois de estudar no terraço para a Faculdade de Direito, que cursava a noite, com Detona deitado ao lado, parecendo dormir, se dirigia à sala onde estava o piano, trazendo consigo o aroma amadeirado das partituras antigas que carregava.
Ao ver o dono se dirigir para a sala, Detona se levantava, espreguiçava lentamente e o seguia com passos calmos, mas firmes. Deitava-se ao lado do banco de piano, no chão frio da sala e apoiava a cabeça entre as patas dianteiras. Seus olhos acompanhavam cada movimento de Marcos, como se soubesse que a rotina mais esperada do dia estava prestes a começar.
Desde filhote, Detona mostrava um comportamento peculiar: toda vez que seu dono, Marcos, sentava-se diante do piano na sala, ele corria e se deitava ao lado, como se soubesse que algo mágico estava para acontecer. Marcos passava a tocar uma melodia no piano. Mas à medida que os acordes evoluíam, algo começava a mudar. Detona erguia lentamente a cabeça, os olhos semicerrados, a respiração ritmada.
Quando a melodia alcançava seu ponto mais alto, Detona não conseguia conter a emoção. Ele erguia a cabeça com lentidão, como em reverência, seus olhos brilhando como se fossem lágrimas presas, e então... uivava. Não era um som comum. Era puro, afinado, quase humano. Como se Detona não estivesse apenas ouvindo, mas sentindo cada nota, cada emoção. Era como se a alma da melodia passasse por suas cordas vocais.
Não era um uivo triste. Era um canto, uma nota prolongada, cheia de sentimento. Um som que se misturava às teclas do piano como se Detona e Marcos estivessem em perfeita harmonia. Os demais moradores da casa e os vizinhos, ao ouvirem, paravam tudo o que faziam. Alguns ficavam emocionados. Outros sorriam. Todos sabiam: Detona estava tocando com o coração.
Marcos parava de tocar por um instante, com os olhos marejados. Ele sabia que aquele uivo de Detona não era apenas uma reação. Era uma resposta. Um dueto. A música se tornara um ritual sagrado entre os dois. Marcos tocava, Detona uivava. E por aqueles instantes, não havia mundo lá fora, só um cachorro e seu dono, ligados por notas invisíveis.
E assim, em cada entardecer, naquela casa de esquina, a alma de Detona cantava — não com palavras, mas com o mais puro som do amor.
Era o Concerto de Detona.
Abaixo, o Poema, inspirado no conto "O Concerto do Cão Detona”.
Imagem original do Cão Detona:
Vídeo do Cão Detona uivando ao ouvir a melodia do piano:
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A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde, conto, poemas e vídeo

Na aconchegante casa de Dona Matilde havia um silêncio sereno todas as manhãs, mas um ritual sagrado de luz e afeto. O relógio de parede, com seu característico som de "tic-tac", marcador do tempo, com um ritmo constante que acompanhava a passagem dos momentos, marcava as primeiras horas do dia. O som dos passarinhos que vinham das árvores vizinhas anunciava que a vida estava despertando.
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A Onça-pintada, Rainha do Pantanal, poema, conto e vídeo
A Onça-pintada, Rainha do Pantanal
Nas noites de lua cheia, o silêncio se veste de espera,
o vento suspende o sopro, a mata inteira se aquieta.
Lá vem ela, com olhos de âmbar, cortando a noite sincera,
seguindo o rio e a sombra, dona da rota secreta.
Seu pêlo dourado, manchado de arte divina,
brilha como fogo guardado no ventre da selva.
Cada passo é realeza, cada olhar, disciplina,
o Pantanal se curva, e a própria vida se enleva.
Jacarés rendem-se à água, capivaras fingem ser chão,
pois a rainha não caça sem que a fome a convoque.
Sua presença é lei, sua voz, pura visão,
governa em silêncio, sem trono que a provoque.
E ao nascer da manhã, sob um céu em chama aceso,
ela ergue a cabeça, fitando o reino dourado.
Com um salto desaparece, deixando apenas o peso
de um mito vivo, eterno, pelo Pantanal coroado.
Conto que inspirou o poema:
A Onça-pintada, Rainha do Pantanal
Dizem que, nas noites de lua cheia, o Pantanal silencia de um jeito diferente.
As araras se recolhem, os jacarés espiam com olhos imóveis, e até o vento parece esperar.
É nessas noites que Ela caminha. Seus olhos, duas lanternas âmbar, veem através da escuridão, encontrando cada curva do rio, cada trilha escondida.
A Onça-pintada, de pêlo dourado salpicado de sombras, é mais do que um animal — é uma lenda viva.
Os ribeirinhos a chamam de Rainha. Não porque ela governe com ordens, mas porque ninguém ousa desafiá-la.
Em uma madrugada no coração do Pantanal, a névoa baixa dançava sobre as águas tranquilas, e o canto distante das araras anunciava que o sol logo se levantaria. Entre as sombras da mata densa, ela surgia — a Onça-pintada, rainha absoluta daquele reino verde e dourado.
Seu corpo, coberto de manchas como se fosse obra de um pintor divino, movia-se com a elegância silenciosa de quem conhece cada curva do território. Não havia pressa em seus passos; ela sabia que a floresta obedecia ao seu ritmo. Seus passos eram tão leves que nem a areia sentia.
Os jacarés, ao ouvi-la, preferiam deslizar discretamente para a água. As capivaras ficavam imóveis, tentando se tornar parte da paisagem. Mas a rainha não caçava por impulso — apenas quando a fome falava mais alto.
Naquele amanhecer, ela subiu em um tronco caído, ergueu a cabeça e olhou para o horizonte, onde o céu se tingia de laranja. Naquele instante, parecia que o Pantanal inteiro se curvava diante de sua presença. A onça não precisava rugir para impor respeito; sua história estava gravada em cada folha, em cada rio, em cada batida de asa.
E assim, com um salto suave, desapareceu entre as sombras, deixando apenas o farfalhar das folhas como prova de que a rainha passara por ali — eterna guardiã e alma selvagem do Pantanal.
(Marcos Alves de Andrade)
Vídeo da Onça-pintada
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