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BARCO DE PAPEL (Reflexão Motivacional)


BARCO DE PAPEL

Faça um pequeno barco de papel.
Imagine colocando nele a maldade, o mal humor, os sofrimentos, as mágoas, as amarguras, as angústias, as tristezas, a depressão, os pensamentos ruins seus e de outros contra você, o negativismo, de tal forma que permaneçam consigo somente as virtudes, como amor, felicidade, bondade, caridade, perdão, paz. 
Em um riacho ou até mesmo no rio ou mar, onde tem água corrente, coloque o barco para navegar, de tal forma que irá para longe de você. 
Inspira e diz: 
_ Deus leve este barco para bem longe de mim, até que se dissipe, juntamente com tudo que está em seu interior. 
Em seguida, expira e diz: 
_ Graças a Deus. 
Se não souber fazer um barco de papel, use uma folha de árvore. 
Certamente, ficará muito Feliz!

(Marcos Alves de Andrade)


Parte desta reflexão motivacional foi publicada também, com outra imagem,  no  Pensador

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A MORTE NÃO É NADA (Santo Agostinho)


A MORTE NÃO É NADA (Santo Agostinho)


A morte não é nada. 
Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.”
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou.
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho...
Você que aí ficou, siga em frente...
A vida continua, linda e bela como sempre foi.”

“Quem partiu para o plano espiritual não pode retornar para viver entre nós, mas um dia também iremos para lá e nos encontraremos.”

(Marcos Alves de Andrade)


Reflexão sobre a morte, com o Poema de Santo Agostinho: “A Morte Não é Nada”



Quem partiu para o plano espiritual não pode retornar para viver entre nós, mas um dia também iremos para lá e nos encontraremos.


(Marcos Alves de Andrade)



A MORTE NÃO É NADA (Santo Agostinho)

A morte não é nada. 
Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou.
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho...
Você que aí ficou, siga em frente...
A vida continua, linda e bela como sempre foi.

A Morte não é nada (Santo Agostinho)




A morte não é nada. 
Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou.
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho...
Você que aí ficou, siga em frente...
A vida continua, linda e bela como sempre foi.

A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde (poemas, conto, poesia, vídeo)

A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde

Na casa serena, o sol vai entrando,
a cortina se abre, a manhã vai chamando,
e Lica, desperta, já corre a brincar,
seus olhos de festa começam a brilhar.

O vento que sopra com cheiros do chão,
traz flores, perfumes, do verde ao coração.
Dona Matilde sorri, o carinho começa,
e Lica responde com pura promessa.

Deita-se ao sol, no quadrado dourado,
mostrando a barriga, pedido calado.
A mão carinhosa responde a oração,
afagos se tornam um canto de união.

E assim, todo dia, repete o ritual,
um laço de afeto, tão simples, tão real.
Entre luz, silêncio e brisa macia,
Lica e Matilde vivem pura alegria.


A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde

No lar de Dona Matilde, o dia desperta,
Entre o tic-tac e o canto que o sol liberta.
Uma senhora de cabelos de algodão,
Chinelo no chão, ritmo de afeição.

Lica, a cachorrinha de pelos de luar,
Aguardava o instante de o sol entrar.
A cortina se abre em um gesto sutil,
E a luz dourada preenche o lar gentil.

Lica, em festa, solta um latido feliz,
Dançando no ar, do focinho à raiz.
Corre em círculos, cheia de alegria,
Um espetáculo de pura euforia.

E, no quadrado de sol que o chão desenhou,
Ela deita a barriga e pacientemente esperou.
Dona Matilde, com carinho e afeição,
Ajoelha-se e faz afagos na sua barriga.

Lica fecha os olhos, a perninha no ar,
Um sorriso canino a se formar.
O toque suave, um elo que as une,
Afasta o silêncio que a casa resume.

Naquela troca de amor tão sincera,
A prova de que a alegria na alma prospera.
Pequenos gestos, um sol a aquecer,
O amor de Lica, que faz a vida florescer.


Conto que inspirou os poemas:


A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde

Na aconchegante casa de Dona Matilde havia um silêncio sereno todas as manhãs, mas um ritual sagrado de luz e afeto. O relógio de parede, com seu característico som de "tic-tac", marcador do tempo, com um ritmo constante que acompanhava a passagem dos momentos, marcava as primeiras horas do dia. O som dos passarinhos que vinham das árvores vizinhas anunciava que a vida estava despertando. 

Dona Matilde, com sua rotina calma e cheia de carinho, levantava-se sempre no mesmo horário. Ajeitava os cabelos brancos em um coque e caminhava lentamente até a sala. Os primeiros raios de sol mal se atreviam a espreitar por entre as frestas das cortinas da janelas, já era possível ouvir o som suave dos chinelos de Dona Matilde a roçar o chão de madeira. 

A sala, com seus móveis de madeira, sofá e almofadas coloridas, era o palco principal daquele espetáculo matinal. A cachorrinha Lica, de pelos fofos e brancos como nuvens e olhos de jabuticaba, já estava ali a postos, com o rabinho a abanar em antecipação. Ela sabia exatamente o que viria a seguir.

Diante da grande janela, com um movimento gentil, Dona Matilde puxava a cordinha da cortina. O sol, tímido no começo, como um holofote dourado, derramava seus primeiros raios sobre o chão de madeira, desenhando quadrados perfeitos. A luz suave e calorosa preenchia cada canto, espantando as sombras da noite. Se o dia estivesse bonito, e não houvesse sinais de chuva, ela também abria a janela. Uma brisa suave vinha carregada do perfume das flores do jardim e do frescor das árvores ao redor.

Assim que via a cortina se mover, ao ver a luz, Lica soltava um latido de alegria. Era o seu sinal. A festa começava. Ela corria de um lado para o outro, os pelos balançando como se dançassem. Dava voltas ao redor do sofá, pulava sobre ele com a agilidade de um esquilo, e depois descia, correndo em círculos novamente. Sua alegria era contagiante, um verdadeiro espetáculo de pura felicidade canina. Seus olhinhos brilhavam como se agradecessem pelo simples gesto da Dona Matilde.

Dona Matilde sorria, encantada com a festa diária. Depois de um tempo, Lica diminuía o ritmo. O sol entrava mais forte, a brisa já enchia a casa, e então, como parte de um ritual sagrado, a cachorrinha deitava-se no chão, bem no quadrado que o sol desenhara. Com um suspiro de satisfação, ela se virava, revelando a sua barriguinha branca. Aquele era o ponto alto do ritual. Lica esperava pacientemente. Ali ficava, imóvel, mas com o rabinho ainda abanando. Era seu pedido silencioso, mas cheio de ternura: um carinho na barriga.

Dona Matilde, compreendendo o pedido silencioso, se ajoelhava ao lado dela. Com as pontas dos dedos, ela começava a fazer afagos suaves na barriga da cachorrinha. Os movimentos eram lentos e ritmados, transmitindo todo o carinho que Dona Matilde sentia por sua companheira. Lica, por sua vez, fechava os olhos, a perninha traseira batendo no ar em um movimento de pura satisfação. Um sorriso, que só os cães podem expressar, se espalhava pelo seu focinho. Era a sua forma de dizer "obrigada" por aquele momento de paz e amor. Cada afago era um elo de amor, uma conversa sem palavras, uma promessa silenciosa de cuidado e companhia.

Enquanto fazia carinhos, Dona Matilde pensava no quanto aquela pequena criatura transformava seus dias. Depois que os demais moradores iam trabalhar ou estudar, a casa ficava grande demais, silenciosa demais. Mas a presença de Lica trazia vida e cor. Era como se, a cada manhã, a cachorrinha lhe lembrasse que diariamente havia beleza nos pequenos gestos e alegria nas rotinas mais simples. O carinho mútuo entre as duas era palpável. Era a prova de que as pequenas coisas da vida são as mais importantes: a luz do sol, a brisa fresca e a certeza de ter alguém que te ama. 

Após alguns minutos de afagos, Dona Matilde se levantava, com calma, coração aquecido. “Agora chega, minha pequena, é hora do café”, dizia ela, enquanto caminhava para a cozinha. Lica, satisfeita, virava de lado, espreguiçava-se e a seguia com passinhos leves, como quem não queria perder a dona de vista.

Na cozinha, o cheiro do café fresco começava a invadir a casa, misturando-se com o perfume da brisa e com o calor do sol que entravam pela janela. Dona Matilde sorria novamente. Lica, ainda deitada no sol, a observava, com a certeza de que a cada novo amanhecer, o ritual de amor e luz se repetiria. 

E assim, todos os dias, a casa de Dona Matilde se enchia de luz, de aromas e, acima de tudo, do amor incondicional que cabia no coração pequeno, mas imenso, da cachorrinha Lica.


Versão em prosa poética do conto:

A cachorrinha Lica, alegria de Dona Matilde

Na casa de Dona Matilde, as manhãs nascem com calma.
O sol, tímido, abre caminhos pela cortina, e o vento traz perfumes de jardim.
Nesse instante sagrado, Lica desperta, dançando com o rabinho, celebrando a vida que recomeça.

O silêncio se enche de movimento.
Entre passos lentos e o calor da luz dourada, surge o espetáculo da amizade.
Lica gira, salta, corre em círculos, como se cada gesto fosse música.
Dona Matilde sorri, e o coração se aquece na simplicidade do instante.

Quando o sol desenha no chão seu tapete de luz,
a cachorrinha Lica se deita, oferenda de ternura.
Mostra a barriga, olhos fechados, confiança inteira.
E Dona Matilde, ajoelhada, responde com afagos:
um diálogo sem palavras, onde só o amor fala.

Assim, todos os dias, o ritual se repete.
O café perfuma a cozinha, a brisa enche a sala, e o tempo se veste de paz.
Na companhia de Lica, a vida lembra, em sussurros:
a felicidade mora nas coisas simples.

(Marcos Alves de Andrade)


Vídeo da cachorrinha Lica: 



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Fases da vida de um homem, com reflexões pertinentes

Evolução da vida

“A vida humana é um posto de passagem no qual a pessoa estuda e aprende sobre as coisas essenciais do universo e da vida em geral e, ao deixá-lo, com a morte, se aprovada, passa para outro posto melhor da evolução e, assim, sucessivamente, até alcançar a perfeição desejada por Deus.”

(Marcos Alves de Andrade)


“Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. 
Estamos só de passagem. 
O nosso objetivo é observar, crescer e amar...
E depois vamos para casa.”

(Provérbio Aborígene)


“Dê muito amor e carinho a seus pais e avós. 
Lembre-se que no futuro também necessitará de muito amor e carinho de seus filhos e netos.”

(Marcos Alves de Andrade)


“Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxílio.”

(Chico Xavier)


“Ama como se fosses morrer hoje.
Demonstre seu amor hoje, como se você estivesse numa despedida. 
Fale com as pessoas de tal modo que elas guardem de você as palavras mais ternas.
Não perca a oportunidade de mostrar seu afeto a cada pessoa que cruzar o seu caminho hoje. 
Não adie o amor, não adie o sorriso, o olhar de candura, a boa palavra, o abraço caloroso, o beijo de ternura, porque ninguém sabe se amanhã reencontraremos essas pessoas. 
Um dia sem amor é um dia perdido!”

(Sêneca, foi um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano)


“Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.”

(Chico Xavier)



Fases da vida de uma mulher, com reflexões pertinentes

Evolução da vida


“A vida humana é um posto de passagem no qual a pessoa estuda e aprende sobre as coisas essenciais do universo e da vida em geral e, ao deixá-lo, com a morte, se aprovada, passa para outro posto melhor da evolução e, assim, sucessivamente, até alcançar a perfeição desejada por Deus.”


(Marcos Alves de Andrade)



“Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. 

Estamos só de passagem. 

O nosso objetivo é observar, crescer e amar...

E depois vamos para casa.”


(Provérbio Aborígene)



“Dê muito amor e carinho a seus pais e avós. 

Lembre-se que no futuro também necessitará de muito amor e carinho de seus filhos e netos.”


(Marcos Alves de Andrade)



“Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxílio.”


(Chico Xavier)



“Ama como se fosses morrer hoje.

Demonstre seu amor hoje, como se você estivesse numa despedida. 

Fale com as pessoas de tal modo que elas guardem de você as palavras mais ternas.

Não perca a oportunidade de mostrar seu afeto a cada pessoa que cruzar o seu caminho hoje. 

Não adie o amor, não adie o sorriso, o olhar de candura, a boa palavra, o abraço caloroso, o beijo de ternura, porque ninguém sabe se amanhã reencontraremos essas pessoas. 

Um dia sem amor é um dia perdido!”


(Sêneca, foi um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano)



“Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.”


(Chico Xavier)



A “Canção do Cão Detona” (poema); “Concerto do Cão Detona” (conto); (com vídeo)


Canção do Cão Detona

No canto sereno da sala vazia,
Ecoa o piano em doce melodia.
Dedos deslizam, cordas a vibrar,
E um cão fiel começa a escutar.

Detona levanta a cabeça no ar,
Seus olhos brilham, prontos a cantar.
Não com palavras, mas com o coração,
Um uivo sincero, pura emoção.

É mais que um som, é alma em voz,
Um laço invisível que une os dois.
Enquanto a música enche o lugar,
Detona responde, começa a uivar.


A valsa antiga, de tempo e memórias,
Desperta no cão histórias notórias.
Com seu dono, um lar, um tempo de amor,
Que vive na nota, no uivo, no ardor.

E assim se repete, dia após dia,
A mais bela forma de sinfonia.
Não há plateia, não há multidão,
Só um homem, um piano… e seu cão.

Conto que inspirou o poema:


O Concerto do Cão Detona


Na casa de esquina, ao lado de uma praça, com terraço na parte superior, telhado com telhas vermelhas, com janelas grandes e cortinas marrons, morava Marcos, um jovem com pouco mais de 20 anos de idade, seus pais e irmãs.

Na casa morava também um cachorro chamado Detona. Era um cachorro grande, de pelagem castanho-avermelhada e olhos atentos que pareciam entender mais do que apenas comandos. Havia algo de especial nele, algo que ninguém conseguia explicar. Desde cedo, ele demonstrava uma sensibilidade rara, um faro aguçado para música. Sim, música.

Marcos cresceu gostando de música. Seu pai e alguns tios participaram de bandas de música, quando jovens. Quando pequeno ganhou de seus pais um órgão musical infantil, depois, adolescente, ganhou um órgão musical maior. Logo que Marcos atingiu a maioridade, seus pais compraram um piano e o colocaram na sala. Ele gostou muito e tocava melodias naqueles instrumentos musicais quase diariamente, geralmente nas tardes.

Era fim de tarde quando Marcos, depois de estudar no terraço para a Faculdade de Direito, que cursava a noite, com Detona deitado ao lado, parecendo dormir, se dirigia à sala onde estava o piano, trazendo consigo o aroma amadeirado das partituras antigas que carregava. 

Ao ver o dono se dirigir para a sala, Detona se levantava, espreguiçava lentamente e o seguia com passos calmos, mas firmes. Deitava-se ao lado do banco de piano, no chão frio da sala e apoiava a cabeça entre as patas dianteiras. Seus olhos acompanhavam cada movimento de Marcos, como se soubesse que a rotina mais esperada do dia estava prestes a começar.

Desde filhote, Detona mostrava um comportamento peculiar: toda vez que seu dono, Marcos, sentava-se diante do piano na sala, ele corria e se deitava ao lado, como se soubesse que algo mágico estava para acontecer. Marcos passava a tocar uma melodia no piano. Mas à medida que os acordes evoluíam, algo começava a mudar. Detona erguia lentamente a cabeça, os olhos semicerrados, a respiração ritmada. 

Quando a melodia alcançava seu ponto mais alto, Detona não conseguia conter a emoção. Ele erguia a cabeça com lentidão, como em reverência, seus olhos brilhando como se fossem lágrimas presas, e então... uivava. Não era um som comum. Era puro, afinado, quase humano. Como se Detona não estivesse apenas ouvindo, mas sentindo cada nota, cada emoção. Era como se a alma da melodia passasse por suas cordas vocais.

Não era um uivo triste. Era um canto, uma nota prolongada, cheia de sentimento. Um som que se misturava às teclas do piano como se Detona e Marcos estivessem em perfeita harmonia. Os demais moradores da casa e os vizinhos, ao ouvirem, paravam tudo o que faziam. Alguns ficavam emocionados. Outros sorriam. Todos sabiam: Detona estava tocando com o coração.

Marcos parava de tocar por um instante, com os olhos marejados. Ele sabia que aquele uivo de Detona não era apenas uma reação. Era uma resposta. Um dueto. A música se tornara um ritual sagrado entre os dois. Marcos tocava, Detona uivava. E por aqueles instantes, não havia mundo lá fora, só um cachorro e seu dono, ligados por notas invisíveis.

E assim, em cada entardecer, naquela casa de esquina, a alma de Detona cantava — não com palavras, mas com o mais puro som do amor.

Era o Concerto de Detona.


Abaixo, o Poema, inspirado no conto "O Concerto do Cão Detona”.






Imagem original do Cão Detona: 




Vídeo do Cão Detona uivando ao ouvir a melodia do piano:

 


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A Parábola do Viajante e a Estrada da Vida



A Parábola do Viajante e a Estrada da Vida


Havia um viajante que caminhava por uma longa estrada. O caminho era belo em alguns trechos,  pois havia flores, campos verdes e iluminados, mas em outros se tornava estreito, cheio de pedras e ladeiras difíceis.


No início, o viajante confiava apenas em sua própria força. Seguia adiante, orgulhoso de sua capacidade de vencer cada curva e obstáculo. Mas, quando a estrada se tornou pedregosa e íngreme, ele tropeçou, caiu e se feriu. Então, abatido, não conseguindo se levantar, disse consigo mesmo:

— “Não tenho forças para prosseguir, e se continuar assim, perecerei no meio da jornada.”


Mas, eis que o viajante lembrou-se de uma citação que havia visto e que dizia:  Na estrada da sua vida, segure na mão de Deus, para que seja sempre amparado, ainda que sofra alguma queda!” 


O viajante, então, olhou para o céu, estendeu a sua mão direita e, com fé, pediu ajuda a Deus. De repente, sentiu-se sustentado por uma força invisível, firme e amorosa, e levantou-se. Já não mais sentia dor, não saía sangue do ferimento. 


O viajante continuou a caminhar. Não deixou de enfrentar os mesmos trechos difíceis, ainda havia pedras no caminho, trevas e chuvas, nem deixou de cair de vez em quando, mas cada queda não o feria nem impedia de se levantar. Ele já não caminhava só. E cada vez que tropeçava e caía, o Senhor o levantava.


O viajante aprendeu que a diferença não estava em não tropeçar, mas em caminhar sempre de mãos dadas com Aquele que jamais o deixaria sozinho. Deus o levantava, fortalecia e mostrava que, no fim da estrada, havia um destino de paz e alegria.


Assim também ocorre com a estrada da nossa vida. Quando sofrer alguma desilusão, queda, doença, perda de alguma pessoa que ama, qualquer outro sofrimento, clame, com fé, pela ajuda de Deus, estenda suas mãos e segure na mão que Ele também  lhe estenderá. Certamente, será amparado e confortado.


Lembre-se sempre que “Na estrada da sua vida, segure na mão de Deus, para que seja sempre amparado, ainda que sofra alguma queda!”



Reflexão publicada também no Pensador .

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