Bárbara bela,
Do Norte estrela,
Que o meu destino
Sabes guiar,
De ti ausente
Triste somente
As horas passo
A suspirar.
Por entre as penhas
De incultas brenhas
Cansa-me a vista
De te buscar;
Porém não vejo
Mais que o desejo,
Sem esperança
De te encontrar.
Eu bem queria
A noite e o dia
Sempre contigo
Poder passar;
mas orgulhosa
Sorte invejosa,
Desta fortuna
Me quer privar.
Tu, entre os braços,
Ternos abraços
Da filha amada
Podes gozar;
Priva-me a estrela
de ti e dela,
Busca dous modos
De me matar!
ALVARENGA PIXOTO
(Início da poesia enviada pelo Inconfidente Mineiro Alvarenga Peixoto, quando estava no cárcere na Ilha das Cobras, antes de ser deportado para Angola, em 1792, para sua esposa Bárbara Heliodora.)
Acesse também em Reflexões Para Todos :
Poemas, Crônicas, Poesias, Parábolas