“O Segredo da Arara Aymara” (conto); “Aymara, a Arara Azul” (poema)

O Segredo da Arara Aymara

Num cantinho escondido da floresta tropical, onde o vento sussurrava histórias antigas e os raios de sol dançavam entre as folhas, vivia uma arara chamada Aymara. Com penas que refletiam o céu e um olhar cheio de curiosidade, Aymara era conhecida entre os animais como a guardiã das árvores cantantes.

As árvores cantantes eram especiais — durante o nascer do sol, emitiam sons suaves como música, e diziam que guardavam segredos do tempo antigo. Mas só quem tivesse um coração puro e coragem de verdade poderia ouvir o que elas diziam de verdade.

Aymara passava os dias voando entre as árvores, conversando com os ventos e escutando o que ninguém mais ouvia. Um dia, ao pousar sobre um galho de goiabeira, sentiu algo diferente no ar — uma melodia mais forte, mais viva. Seguindo a música, chegou a uma árvore que nunca havia visto antes. Seus galhos estavam secos, mas sua base brilhava com uma luz suave.

A árvore sussurrou:

— Aymara, a floresta está esquecendo sua música. O mundo precisa lembrar como ouvir.

A arara, com seu bico forte e asas ágeis, sabia o que tinha que fazer. Viajou por toda a mata, ensinando os filhotes a cantar com o coração, ajudando os pássaros perdidos a encontrar seu caminho e espalhando sementes das árvores cantantes por onde passava.

Com o tempo, a floresta voltou a cantar em harmonia. Aymara, então, subiu ao galho mais alto e, ao bater as asas, virou lenda — uma história contada por cada brisa, gravada em cada folha que dança ao vento.

E dizem que, se você caminhar por entre as árvores ao amanhecer e escutar com atenção, ainda poderá ouvir o canto de Aymara, ensinando o mundo a ouvir de novo.

(Marcos Alves de Andrade)

Abaixo, o Poema, criado por inteligência artificial, inspirado no conto "O Segredo da Arara Aymara".

Aymara, a Arara Azul

No alto da copa dourada,

brilha um raio de manhã,

e entre folhas encantadas,

Aymara, a arara, se espreguiça e vem.

Suas penas são céu em movimento,

seu olhar, segredo e canção,

voa leve com o vento,

guardiã da floresta e do coração.

As árvores cantam segredos antigos,

que só ela sabe escutar,

melodias, suspiros, abrigo —

sons que o mundo parou de lembrar.

Numa árvore de luz adormecida,

escutou o sussurro da raiz:

“A música está sendo esquecida…

Aymara, traga a canção que nos diz.”

Então, com coragem nos olhos brilhantes,

fez da floresta seu coral,

ensinou os cantos vibrantes,

fez renascer o som natural.

Hoje, se fores bem cedo,

quando o dia começa a nascer,

escutarás, sem medo,

Aymara te chamando pra ouvir… e viver.

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