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Dia de Tiradentes - 21 de Abril



Tiradentes - Patrono Cívico da Nação Brasileira

Autor: Marcos Alves de Andrade*

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, herói nacional e patrono cívico da nação brasileira, foi o principal líder e o mártir da Inconfidência Mineira.

Tiradentes nasceu na fazenda do Pombal, São João Del Rei, Minas Gerais, antiga comarca de Rio das Mortes, presumindo-se que seu nascimento tenha ocorrido em 1746, pois neste ano foi batizado (12 de novembro). Era filho de Domingos da Silva dos Santos, português, e de Antonia da Encarnação Xavier, sendo esta filha de Domingos Xavier Fernandes, português, e Maria de Oliveira Colaça, paulista.

Os pais de Tiradentes possuíam terras e escravos e, além de Tiradentes, tiveram os seguintes filhos: 1) Domingos da Silva Xavier, n. 1738, foi padre; 2) Maria Victória de Jesus Xavier, n. 1742; 3) Antônio da Silva e Santos, n. 1745, foi também padre; 4) José da Silva dos Santos, n. 1748; 5) Catharina (Eufrásia) da Encarnação Xavier, n. 1751; 6) Antônia Rita de Jesus Xavier, n. 1754. O pai de Tiradentes ainda teve uma outra filha, quando solteiro, Clara. Portanto, Tiradentes teve seis irmãos e uma irmã unilateral.

Quando Tiradentes tinha 09 (nove) anos de idade, sua mãe faleceu, e seu pai faleceu quando ele tinha 11 (onze) anos de idade. Os órfãos foram recolhidos pelo capitão Bernardo Rodrigues Dantas, português, casado com a tia materna de Tiradentes, Catarina de Assunção Xavier (sétima avó do autor), e padrinho de uma das crianças. Posteriormente, as crianças foram divididas entre parentes e famílias amigas, tendo Tiradentes ficado com seu padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgão. Tiradentes aprendeu a ler e escrever, inclusive francês e inglês, com seu irmão Domingos, com seu primo Frei José Mariano da Conceição Veloso e com seu padrinho Sebastião Ferreira Leitão, sendo que este lhe ensinou noções de cirurgia e odontologia. Como Joaquim José da Silva Xavier, ajudando seu padrinho no trabalho, fazendo curativos e, à vezes, tirava dentes, ficou conhecido com o nome de Tiradentes. Mais tarde, Tiradentes exerceu as atividades de tropeiro e mascate, comercializando em diversas regiões de Minas Gerais e Bahia, bem como tentou a atividade mineradora. Além do Frei José Mariano da Conceição Velloso (filho de sua tia materna Rita Xavier) e dos dois irmãos padres, Tiradentes teve vários parentes padres, entre eles o Padre Antônio Rodrigues Dantas, filho de Bernardo Rodrigues Dantas e Catarina de Assunção Xavier, o qual era considerando grande latinista, sendo autor da obra "Sintaxe Latina". Tiradentes morreu solteiro, mas teve uma filha com Antônia Maria do Espírito Santo, quando tinha aproximadamente 40 anos de idade e aquela 17 anos de idade. Quando assumiu a paternidade, Tiradentes prometeu que casaria com Antônia. A filha, de nome Joaquina, foi batizada em 31 de agosto de 1786 na Igreja Matriz de Vila Rica. Existem notícias de que Tiradentes teve também um filho.

O Regimento de Cavalaria de Minas Gerais foi instalado em 9 de junho de 1775, tendo nele Tiradentes se alistado em 1° de dezembro de 1775, aos 29 anos de idade, diretamente no posto de Alferes, posição hierárquica, na ocasião, intermediária entre Tenente e Cabo, hoje não mais existente e que atualmente equivaleria a 2° Tenente.

Atividades militares de Tiradentes: a partir do primeiro semestre de 1777 até 1779 serviu no Rio de Janeiro, nas forças de defesa contra ameaças externas; comandante do destacamento de Sete Lagoas-MG (1780); nomeado pela rainha Maria I, comandante da tropa militar de guarda do Caminho Novo (Destacamento de Posto de Meneses) - que se chamou depois de Caminho de Meneses -, que se tratava da construção de uma variante, cortando a mata, até Registro do Paraibuna, que visava encurtar o caminho de Vila Rica ao Rio de Janeiro, que então passava por São João Del Rei (1781 a 1785).

Em 2 de março de 1787, Tiradentes pediu licença do seu regimento e viajou para o Rio de Janeiro, regressando a Vila Rica no dia 28 de agosto do ano seguinte. No período em que permaneceu no Rio de Janeiro, Tiradentes realizou projetos de melhoria urbana (construção de um trapiche ( cais do porto), rudimentar, de madeira, construção de armazéns; canalização das águas do Rio Andaraí e Maracanã para melhoria do abastecimento da cidade, com construção de moinhos; serviço de barcas de transporte de passageiros do Rio a Niterói (Praia Grande). Ainda no Rio de Janeiro, Tiradentes conheceu José Álvares Maciel, que havia chegado da Europa com novas idéias políticas e filosóficas.

Já em Minas Gerais, Tiradentes passou a pregar seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, e a independência do Brasil, organizando, em seguida, juntamente com Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Freire de Andrade e Inácio José de Alvarenga Peixoto, um movimento aliado, ainda, a integrantes do clero. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias americanas e a formação, em seguida, dos Estados Unidos, e era principalmente influenciado pelos ideais de liberdade da Revolução Francesa. Tiradentes sempre tinha ao seu lado livros sobre a independência norte-americana, sendo que um deles, " Coleção das Leis Constitutivas dos Estados Unidos", foi apreendido por ocasião de sua prisão.

José de Resende Costa e José de Resende Costa Filho, que residiam na atual cidade de Resende Costa (nome em homenagem aos mesmos), que é localizada a 30 km de São João Del Rei, participaram da Inconfidência Mineira, assim como diversas pessoas de Prados e São João Del Rei.

Quanto à bandeira para o novo país idealizado pelos conjurados, cuja capital seria a vila de São João Del Rei, decidiu-se, na casa de Cláudio Manoel da Costa, pela proposta de Tiradentes: um triângulo, em honra da Santíssima Trindade, de quem era devoto. O emblema "Libertas quae sera tamen" foi inspiração de Alvarenga Peixoto.

A conspiração que estava sendo levada a efeito pelos conjurados foi delatada pelo portugues Joaquim Silvério dos Reis em troca do perdão de sua dívida com a Fazenda Real. O governador de Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena, suspendeu a derrama, que foi considerada o estopim do movimento, e ordenou a prisão dos conjurados (1789).
Todos os principais conjurados foram presos. Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro no dia 10 de maio de 1789. O julgamento demorou três anos e, ao final, foram condenados cinco conjurados ao "degredo perpétuo" e onze à morte. Os demais foram libertados ao entendimento de que três anos de prisão eram mais do que suficientes. Tiradentes, durante todo o seu julgamento, continuava defendendo a República e a abolição da escravidão.

No dia 20 de abril de 1792 foi lida a decisão final, proferida pela rainha de Portugal, dona Maria I, a Louca, que comutava a pena de morte dos conjurados, com exceção de Tiradentes, em degredo perpétuo na África. A execução de Tiradentes ocorreu no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro, na manhã de 21 de abril de 1792 (um sábado). Tiradentes pediu ao carrasco, após este, como era costume, pedir perdão pelo que iria fazer, para beijar-lhe as mãos e os pés, o que fez. O carrasco chorou. Antes do enforcamento, Frei José de Jesus Maria do Desterro recitou o Credo, sendo acompanhado por Tiradentes.

Após o enforcamento, o corpo de Tiradentes foi esquartejado e salgadas as partes. A cabeça foi exposta num poste, em Vila Rica (atual Ouro Preto). O resto de seu corpo foi dividido em quatro partes que ficaram expostas publicamente em vários locais onde teriam sido praticados atos de conspiração: Cebolas (freguesia de Paraíba do Sul), Varginha (localidade entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco), Borda do Campo (atual Barbacena) e Bananeiras ou Bandeirinhas (localidade próxima a Lafaiete). Salgou-se o local onde morava, com o objetivo de evitar o nascimento de plantas no local.

Vinte anos após a morte de Tiradentes foi declarada a independência do Brasil e cem anos depois foi proclamada a República.

"SE DEZ VIDAS EU TIVESSE, DEZ VIDAS EU DARIA PELO BRASIL" (TIRADENTES)

Obra elaborada com base em livros históricos, autos da Devassa (julgamento dos conjurados), publicações na internet, documentos referentes a assentos de nascimento ou batismo e outros. Havendo alguma incorreção, contate com o autor. 

* Autor: Marcos Alves de Andrade,

O autor é Juiz de Direito em Minas Gerais, Pós-graduado em Direito Civil e em Direito Público, parente de Tiradentes em 11º grau. (Domingos Xavier Fernandes, avô materno de Tiradentes, foi o oitavo avô, linha materna, do autor)

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Dia internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (breve relato)




27 de Janeiro é o Dia internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, genocídio cometido pelos nazistas e seus adeptos que ceifou a vida de milhões de pessoas judias, ciganas, poloneses, homossexuais, deficientes, comunistas e outras, durante a II Guerra Mundial.

No dia 27 de janeiro de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, foram libertados os prisioneiros de Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio nazista, pelas tropas soviéticas.

A data, 27 de janeiro, foi designada pela resolução 60/7 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1 de novembro de 2005, durante a 42ª sessão plenária da organização.


Acesse também em Reflexões Para Todos : 


Declaração Universal dos Direitos Humanos




INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (História)


 

Independência do Brasil

Em 15 de julho de 1799, o Príncipe do Brasil, D. João Maria de Bragança, tornou-se príncipe-regente de Portugal, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, foi declarada louca pelos médicos.
Desde 1801 era considerava a ideia da transferência da corte portuguesa para o Brasil, em razão do receio de Portugal em ser invadido, principalmente considerando as atitudes de Napoleão Bonaparte.
A decretação do Bloqueio Continental em Berlim (1806) tornou mais difícil a neutralidade Portuguesa. Em 1807, o Tratado de Fontainebleau dividiu arbitrariamente Portugal em três reinos. Desde Outubro desse ano, Jean-Andoche Junot, antigo embaixador francês em Lisboa, preparava-se para invadir Portugal. Foi nesse contexto que D. João pactuou com a Grã-Bretanha a transferência do governo para o Rio de Janeiro, sob a proteção dos últimos.
Com a invasão francesa de Portugal em progresso, a 29 de novembro de 1807, iniciou-se a viagem da Família Real e da Corte Portuguesa. Dezoito navios de guerra portugueses e treze britânicos escoltaram mais de vinte e cinco navios mercantes de Lisboa até à costa do Brasil. A bordo seguiam mais de quinze mil portugueses.
Com a presença da Família Real Portuguesa no Brasil a partir de 1808, registrou-se o que alguns historiadores brasileiros denominam de "inversão metropolitana", ou seja, o aparelho de Estado Português passou a operar a partir do Brasil, que desse modo deixou de ser uma "colônia" e assumiu efetivamente as funções de metrópole. Pressionado pelo triunfo da revolução constitucionalista, o soberano retornou com a família real para Portugal, deixando como príncipe regente no Brasil o seu primogênito, D. Pedro de Alcântara.
Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado com a elevação do Estado do Brasil à condição de reino, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.
 O rei partiu para a Europa em 26 de abril de 1821. Seu filho e príncipe herdeiro Dom Pedro passou a governar o Brasil como regente no lugar do pai em 7 de março de 1821.
Em 30 de setembro de 1821, as Cortes aprovaram um decreto que subordinava os governos das províncias do Brasil diretamente ao governo de Portugal. O príncipe Pedro tornou-se, para todos os efeitos, somente o governador da Província do Rio de Janeiro. Outros decretos que vieram depois exigiam seu retorno à Europa e também extinguia os tribunais judiciais criados por João VI em 1808.
A insatisfação quanto às resoluções das Cortes foi generalizada entre a maioria dos residentes do Brasil (tanto os de origem brasileira quanto os de origem portuguesa), ao ponto em que ela logo se tornou conhecida publicamente. Dois grupos que se opunham as ações das Cortes para minar gradualmente a soberania brasileira apareceu: os Liberais, liderados por Joaquim Gonçalves Ledo (que teve o apoio dos maçons), e os Bonifacianos, liderada por José Bonifácio de Andrada. 
José Bonifácio foi nomeado ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros em 18 de janeiro de 1822. Bonifácio logo estabeleceu um relacionamento de pai com Pedro, que começou a considerar o experiente estadista seu maior aliado.
Pedro partiu para a Província de São Paulo para assegurar a lealdade dos locais à causa brasileira. Ele alcançou sua capital em 25 de agosto e lá permaneceu até 5 de setembro.
Leopoldina, sua esposa, assumiu a regência durante a viagem. Diante das exigências de Portugal para que ambos retornassem a Lisboa, ela convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Estado no dia 2 de setembro de 1822 e, juntamente com os ministros, decidiu pela separação definitiva entre Brasil e Portugal, assinando então a declaração de independência. Em seguida, enviou o mensageiro Paulo Bregaro para entregar a Pedro uma carta informando sobre o ocorrido.
Em 7 de setembro, quando retornava ao Rio de Janeiro, Pedro recebeu a carta de José Bonifácio e de Leopoldina. O príncipe foi informado que as Cortes tinham anulado todos os atos do gabinete de Bonifácio e removido o restante de poder que ele ainda tinha. Pedro voltou-se para seus companheiros, que incluiu sua Guarda de Honra e falou: "Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais" e continuou depois que ele arrancou a braçadeira azul e branca que simbolizava Portugal: "Tirem suas braçadeiras, soldados. Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil." Ele desembainhou sua espada afirmando que "Para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade" e gritou: "Independência ou morte". Este evento é lembrado como "Grito do Ipiranga".
Ao chegar na cidade de São Paulo, na noite de 7 de setembro de 1822, Pedro e seus companheiros espalharam a notícia da independência do Brasil do domínio português. O príncipe foi recebido com grande festa popular e foi chamado de "Rei do Brasil", mas também de "Imperador do Brasil". Ele retornou ao Rio de Janeiro em 14 de setembro e nos dias seguintes os liberais espalharam panfletos (escritos por Joaquim Gonçalves Ledo), que sugeriam a ideia de que o príncipe deve ser aclamado Imperador Constitucional. Em 17 de setembro, o Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, José Clemente Pereira, enviada às outras Câmaras do país a notícia que a Aclamação iria ocorrer no aniversário de Pedro, em 12 de outubro. No dia seguinte, a nova bandeira e brasão de armas do reino independente do Brasil foram criados.
 A separação oficial de Portugal só ocorreria em 22 de setembro de 1822, em uma carta escrita por Pedro a João VI. Nele, Pedro ainda chama a si mesmo de "Príncipe Regente" e seu pai é referido como o Rei do Brasil independente. Em 12 de outubro de 1822, no Campo de Santana (mais tarde conhecido como Campo da Aclamação) o príncipe Pedro foi aclamado Dom Pedro I, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Era ao mesmo tempo o início do reinado de Pedro e também do Império do Brasil.

Fonte: Wikipedia

Acesse também: 
07 de setembro - dia da Independência do Brasil  (mapa do Brasil, mensagem, letra e vídeo do Hino da Independência)







Dia do Trabalho (história, comemoração)

 

O Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador ou Dia Internacional dos Trabalhadores é celebrado no dia 1º de Maio em muitos países. 
O dia 1º de maio foi instituído como o Dia do Trabalho em Paris, na França, em 1889. 
No Brasil, no governo de Artur Bernardes, em 1924, foi consolidado o dia 1º de maio como o Dia do trabalho.
Desde o governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador brasileiro passaram a ser anunciadas no dia 1º de maio, ocorrendo geralmente um pronunciamento pelo(a) presidente do país.

A denominada Revolta de Haymarket aconteceu no dia 4 de maio em 1886 na cidade de Chicago, Illinois, Estados Unidos da América, sendo considerada uma das origens da instituição do Dia internacional dos Trabalhadores no dia 1º de Maio, que foi o dia em que se iniciou uma greve geral e uma manifestação, reunindo milhares de trabalhadores e familiares a favor da redução da jornada diária de trabalho para oito horas.
No dia 3 de maio, em meio às agressões, três manifestantes foram mortos pela polícia. 
No dia 04 de maio, foi realizada uma nova manifestação, também como protesto pelos acontecimentos ocorridos nos dias anteriores, ocasião em que uma bomba, dizem lançada por algum manifestante, explodiu no meio dos policiais que tentavam dispersar os manifestantes, matando um policial e ferindo outros sete que acabaram falecendo posteriormente.
Os policiais dispararam contra os manifestantes, matando doze pessoas e ferindo dezenas.
A polícia prendeu oito manifestantes, considerados os organizadores das manifestações, que posteriormente foram incriminados pelos acontecimentos, sendo cinco condenados à pena de morte e três condenados à pena de prisão perpétua. 
Uma grande campanha foi organizada para salvar os manifestantes presos e condenados, porém, não atendida.
Dos cinco que receberam a pena capital, quatro foram executados, sendo que um cometeu suicídio antes do enforcamento. As prisões do três condenados à prisão perpétua foram revogadas em 1893, quando concluíram que todos os oito acusados e condenados eram inocentes. 

Os Estados Unidos da América e o Canadá celebram o Dia do Trabalho na primeira segunda-feira de setembro, dia escolhido para que não fossem lembrados os acontecimentos nefastos ocorridos em Chicago no início de maio em 1886.

Em 1955, o papa Pio XII, por tratar-se do santo padroeiro dos trabalhadores, fixou o dia 1º de maio para a solenidade de "São José Operário, o trabalhador".

(Marcos Alves de Andrade)

(Fonte: pesquisa em textos publicados - qualquer incorreção, comunicar, informando a fonte)




TIRADENTES - PATRONO CÍVICO DA NAÇÃO BRASILEIRA




Tiradentes - Patrono Cívico da Nação Brasileira

Autor: Marcos Alves de Andrade*

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, herói nacional e patrono cívico da nação brasileira, foi o principal líder e o mártir da Inconfidência Mineira.

Tiradentes nasceu na fazenda do Pombal, São João Del Rei, Minas Gerais, antiga comarca de Rio das Mortes, presumindo-se que seu nascimento tenha ocorrido em 1746, pois neste ano foi batizado (12 de novembro). Era filho de Domingos da Silva dos Santos, português, e de Antonia da Encarnação Xavier, sendo esta filha de Domingos Xavier Fernandes, português, e Maria de Oliveira Colaça, paulista.

Os pais de Tiradentes possuíam terras e escravos e, além de Tiradentes, tiveram os seguintes filhos: 1) Domingos da Silva Xavier, n. 1738, foi padre; 2) Maria Victória de Jesus Xavier, n. 1742; 3) Antônio da Silva e Santos, n. 1745, foi também padre; 4) José da Silva dos Santos, n. 1748; 5) Catharina (Eufrásia) da Encarnação Xavier, n. 1751; 6) Antônia Rita de Jesus Xavier, n. 1754. O pai de Tiradentes ainda teve uma outra filha, quando solteiro, Clara. Portanto, Tiradentes teve seis irmãos e uma irmã unilateral.

Quando Tiradentes tinha 09 (nove) anos de idade, sua mãe faleceu, e seu pai faleceu quando ele tinha 11 (onze) anos de idade. Os órfãos foram recolhidos pelo capitão Bernardo Rodrigues Dantas, português, casado com a tia materna de Tiradentes, Catarina de Assunção Xavier (sétima avó do autor), e padrinho de uma das crianças. Posteriormente, as crianças foram divididas entre parentes e famílias amigas, tendo Tiradentes ficado com seu padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgão. Tiradentes aprendeu a ler e escrever, inclusive francês e inglês, com seu irmão Domingos, com seu primo Frei José Mariano da Conceição Veloso e com seu padrinho Sebastião Ferreira Leitão, sendo que este lhe ensinou noções de cirurgia e odontologia. Como Joaquim José da Silva Xavier, ajudando seu padrinho no trabalho, fazendo curativos e, à vezes, tirava dentes, ficou conhecido com o nome de Tiradentes. Mais tarde, Tiradentes exerceu as atividades de tropeiro e mascate, comercializando em diversas regiões de Minas Gerais e Bahia, bem como tentou a atividade mineradora. Além do Frei José Mariano da Conceição Velloso (filho de sua tia materna Rita Xavier) e dos dois irmãos padres, Tiradentes teve vários parentes padres, entre eles o Padre Antônio Rodrigues Dantas, filho de Bernardo Rodrigues Dantas e Catarina de Assunção Xavier, o qual era considerando grande latinista, sendo autor da obra "Sintaxe Latina". Tiradentes morreu solteiro, mas teve uma filha com Antônia Maria do Espírito Santo, quando tinha aproximadamente 40 anos de idade e aquela 17 anos de idade. Quando assumiu a paternidade, Tiradentes prometeu que casaria com Antônia. A filha, de nome Joaquina, foi batizada em 31 de agosto de 1786 na Igreja Matriz de Vila Rica. Existem notícias de que Tiradentes teve também um filho.

O Regimento de Cavalaria de Minas Gerais foi instalado em 9 de junho de 1775, tendo nele Tiradentes se alistado em 1° de dezembro de 1775, aos 29 anos de idade, diretamente no posto de Alferes, posição hierárquica, na ocasião, intermediária entre Tenente e Cabo, hoje não mais existente e que atualmente equivaleria a 2° Tenente.

Atividades militares de Tiradentes: a partir do primeiro semestre de 1777 até 1779 serviu no Rio de Janeiro, nas forças de defesa contra ameaças externas; comandante do destacamento de Sete Lagoas-MG (1780); nomeado pela rainha Maria I, comandante da tropa militar de guarda do Caminho Novo (Destacamento de Posto de Meneses) - que se chamou depois de Caminho de Meneses -, que se tratava da construção de uma variante, cortando a mata, até Registro do Paraibuna, que visava encurtar o caminho de Vila Rica ao Rio de Janeiro, que então passava por São João Del Rei (1781 a 1785).

Em 2 de março de 1787, Tiradentes pediu licença do seu regimento e viajou para o Rio de Janeiro, regressando a Vila Rica no dia 28 de agosto do ano seguinte. No período em que permaneceu no Rio de Janeiro, Tiradentes realizou projetos de melhoria urbana (construção de um trapiche ( cais do porto), rudimentar, de madeira, construção de armazéns; canalização das águas do Rio Andaraí e Maracanã para melhoria do abastecimento da cidade, com construção de moinhos; serviço de barcas de transporte de passageiros do Rio a Niterói (Praia Grande). Ainda no Rio de Janeiro, Tiradentes conheceu José Álvares Maciel, que havia chegado da Europa com novas idéias políticas e filosóficas.

Já em Minas Gerais, Tiradentes passou a pregar seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, e a independência do Brasil, organizando, em seguida, juntamente com Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Freire de Andrade e Inácio José de Alvarenga Peixoto, um movimento aliado, ainda, a integrantes do clero. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias americanas e a formação, em seguida, dos Estados Unidos, e era principalmente influenciado pelos ideais de liberdade da Revolução Francesa. Tiradentes sempre tinha ao seu lado livros sobre a independência norte-americana, sendo que um deles, " Coleção das Leis Constitutivas dos Estados Unidos", foi apreendido por ocasião de sua prisão.

José de Resende Costa e José de Resende Costa Filho, que residiam na atual cidade de Resende Costa (nome em homenagem aos mesmos), que é localizada a 30 km de São João Del Rei, participaram da Inconfidência Mineira, assim como diversas pessoas de Prados e São João Del Rei.

Quanto à bandeira para o novo país idealizado pelos conjurados, cuja capital seria a vila de São João Del Rei, decidiu-se, na casa de Cláudio Manoel da Costa, pela proposta de Tiradentes: um triângulo, em honra da Santíssima Trindade, de quem era devoto. O emblema "Libertas quae sera tamen" foi inspiração de Alvarenga Peixoto.

A conspiração que estava sendo levada a efeito pelos conjurados foi delatada pelo portugues Joaquim Silvério dos Reis em troca do perdão de sua dívida com a Fazenda Real. O governador de Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena, suspendeu a derrama, que foi considerada o estopim do movimento, e ordenou a prisão dos conjurados (1789).
Todos os principais conjurados foram presos. Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro no dia 10 de maio de 1789. O julgamento demorou três anos e, ao final, foram condenados cinco conjurados ao "degredo perpétuo" e onze à morte. Os demais foram libertados ao entendimento de que três anos de prisão eram mais do que suficientes. Tiradentes, durante todo o seu julgamento, continuava defendendo a República e a abolição da escravidão.

No dia 20 de abril de 1792 foi lida a decisão final, proferida pela rainha de Portugal, dona Maria I, a Louca, que comutava a pena de morte dos conjurados, com exceção de Tiradentes, em degredo perpétuo na África. A execução de Tiradentes ocorreu no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro, na manhã de 21 de abril de 1792 (um sábado). Tiradentes pediu ao carrasco, após este, como era costume, pedir perdão pelo que iria fazer, para beijar-lhe as mãos e os pés, o que fez. O carrasco chorou. Antes do enforcamento, Frei José de Jesus Maria do Desterro recitou o Credo, sendo acompanhado por Tiradentes.

Após o enforcamento, o corpo de Tiradentes foi esquartejado e salgadas as partes. A cabeça foi exposta num poste, em Vila Rica (atual Ouro Preto). O resto de seu corpo foi dividido em quatro partes que ficaram expostas publicamente em vários locais onde teriam sido praticados atos de conspiração: Cebolas (freguesia de Paraíba do Sul), Varginha (localidade entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco), Borda do Campo (atual Barbacena) e Bananeiras ou Bandeirinhas (localidade próxima a Lafaiete). Salgou-se o local onde morava, com o objetivo de evitar o nascimento de plantas no local.

Vinte anos após a morte de Tiradentes foi declarada a independência do Brasil e cem anos depois foi proclamada a República.

"SE DEZ VIDAS EU TIVESSE, DEZ VIDAS EU DARIA PELO BRASIL" (TIRADENTES)

Obra elaborada com base em livros históricos, autos da Devassa (julgamento dos conjurados), publicações na internet, documentos referentes a assentos de nascimento ou batismo e outros. Havendo alguma incorreção, contate com o autor. 

* Autor: Marcos Alves de Andrade

O autor é Juiz de Direito em Minas Gerais, Pós-graduado em Direito Civil e em Direito Público, parente de Tiradentes em 11º grau. (Domingos Xavier Fernandes, avô materno de Tiradentes, foi o oitavo avô, linha materna, do autor)

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21 DE ABRIL - DIA DE TIRADENTES



Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, 
Herói nacional e patrono cívico da nação brasileira, 
Foi o principal líder e o mártir da Inconfidência Mineira.

Acesse e leia  o Relato Histórico sobre Tiradentes:






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