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ORAÇÃO PARA SANTO ANTÔNIO
Mensagem de Santo Antonio
À DESCOBERTA DO AMOR, Mahatma Gandhi (com vídeo)
O Ninho de Bem-te-vis no Poste, conto, poema e vídeo
O NINHO DE BEM-TE-VIS NO POSTE
No coração barulhento da cidade, onde o zumbido dos carros era a melodia constante e o sol batia impiedosamente sobre os telhados de cerâmica, erguia-se um poste de eletricidade como uma árvore sem folhas, mas com muitos fios. Dezenas deles, pretos, a maioria finos como teias de aranha, se entrelaçavam em um emaranhado quase impenetrável, cada um carregando a pulsação invisível da energia que alimentava as casas e as vidas lá embaixo.
Para a maioria, era apenas uma confusão feia e perigosa. Mas para um jovem casal de bem-te-vis, que acabara de chegar à cidade em busca de um lugar para chamar de lar, aquele poste era uma promessa. Eles haviam voado por muitos quilômetros, observando a paisagem mudar de campos verdejantes para o concreto cinza, e agora, no meio daquele caos urbano, uma ideia audaciosa nasceu em suas mentes.
"É perfeito!", cantarolou a fêmea, com seu peito amarelo vibrante refletindo o sol da manhã. "Ninguém vai nos incomodar aqui. É alto e seguro!"
O macho, um pouco mais cético, inclinou a cabeça. "Mas... os fios, querida. Não são perigosos?"
Ela riu, uma nota alegre que se perdia no burburinho da rua. "Bobagem! Vamos construir nosso ninho bem no meio, onde os fios se encontram. Será nosso refúgio particular, um segredo da cidade."
E assim começou a árdua tarefa. Dia após dia, os dois bem-te-vis trabalharam incansavelmente. Eles recolhiam gravetos, fios soltos (alguns da própria trama do poste, cuidadosamente retirados), penas e folhas secas. Com uma destreza impressionante, teciam e entrelaçavam, utilizando os próprios fios elétricos como fundação para a estrutura do ninho. Era uma dança delicada de bicos e patinhas, evitando os pontos energizados, mas aproveitando a intrincada rede como suporte.
As pessoas que passavam por baixo mal notavam a pequena construção que se formava. Para eles, o poste era apenas um amontoado de cabos. Mas, lentamente, um ninho robusto e aconchegante começou a tomar forma, um milagre de engenharia aviária no coração da cidade.
Quando os três ovos azuis salpicados de marrom foram postos, o poste parecia vibrar não apenas com eletricidade, mas com uma nova vida. A mãe bem-te-vi chocava pacientemente, aquecida pelo sol e pelo estranho calor que parecia emanar dos fios. O pai, vigilante, afastava qualquer pombo ou pardal atrevido que ousasse se aproximar demais de seu entrelaçado castelo. Ele olhava ao redor, batia as asinhas e cantava animado várias vezes: _ “Bem-te-vi!”.
Os dias se transformaram em semanas. O chilrear dos filhotes recém-nascidos era um sussurro, quase inaudível no barulho da cidade, mas uma sinfonia para seus pais. Aquele ninho, construído com paciência e coragem em um lugar tão improvável, era agora o lar de uma nova geração de bem-te-vis, que aprenderiam a voar não sobre campos abertos, mas entre o emaranhado de fios, com a cidade como seu playground.
O poste, antes apenas um símbolo de tecnologia e conexão, agora abrigava uma história de vida e adaptação, um testemunho silencioso da resiliência da natureza, encontrando um lar mesmo no coração mais denso e eletrificado da cidade. E sempre que um bem-te-vi voava agilmente entre os fios, parecia um lembrete de que, mesmo no caos, a vida encontra um caminho para florescer.
Abaixo, o Poema, inspirado no conto.
O NINHO DE BEM-TE-VIS NO POSTE
Na barulhenta cidade, sol em telhado quente,
Poste de fios densos, emaranhado aparente.
Muitos viam perigo, caos da urbe a pulsar,
Para um casal de bem-te-vis, um novo lar a buscar.
Com bicos e patinhas, sem medo de voar,
Entre cabos vibrantes, começaram a tecer.
Gravetos, penas soltas, um ninho a surgir,
Milagre aviário, no poste a florir.
Três ovos azuis, promessa a brotar,
Calor dos fios, vida a aquecer.
Mãe bem-te-vi choca, pai a cantar "Bem-te-vi!",
Um castelo emaranhado, para a vida seguir.
Filhotes a piar, sinfonia na cidade,
Voos entrelaçados, da nova liberdade.
No caos urbano, um lar se fez brilhar,
A natureza ensina: no improvável, a vida está.
(Marcos Alves de Andrade)
Vídeo do Ninho de Bem-te-vis no Poste:
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O PENSADOR (Auguste Rodin)
ORAÇÃO DA MADRUGADA, com o texto e vídeo da linda Prece da Manhã
O Canto do Sabiá, Conto, Poema, Vídeo
O CANTO DO SABIÁ
Na varanda florida de sua casa, Dona Marilda desfrutava da brisa matinal. Seus olhos, sempre atentos à vida ao redor, pousaram em um sabiá-laranjeira, a ave símbolo do Brasil, empoleirado nos galhos frondosos da mangueira. O sabiá, com seu peito alaranjado e canto melodioso, parecia, no entanto, um tanto inquieto.
"Que será que aflige este passarinho tão lindo?", pensou Dona Marilda, observando a ave que ora cantava com veemência, ora olhava com desconfiança para a varanda. De repente, um pequeno movimento entre as folhas revelou o motivo da apreensão do sabiá: um ninho delicadamente construído, e dentro dele, pequenos filhotes de bico aberto, esperando por alimento.
O coração de Dona Marilda se encheu de ternura. Compreendendo o instinto protetor da mãe sabiá, ela se levantou e foi até a cozinha. Com um sorriso no rosto, pegou algumas frutas frescas – uma banana madura e fatias suculentas de laranja – e as colocou cuidadosamente na mureta da varanda.
Não demorou muito para o sabiá, ainda com um pé atrás, se aproximar. Com um movimento rápido e preciso, ele picou um pedaço da banana, depois da laranja, e carregou os pequenos bocados em seu bico, voando de volta para o ninho. Dona Marilda observou, emocionada, a cena da mãe alimentando seus filhotes famintos.
Após saciar a fome dos pequeninos, o sabiá retornou ao galho. Mas, desta vez, seu canto era diferente. Não havia mais a nota de preocupação, apenas uma melodia pura e alegre, que ecoava pela varanda e parecia abraçar Dona Marilda. Era um canto de gratidão, um agradecimento singelo pela gentileza e compreensão de uma alma humana. E assim, na simplicidade daquela manhã, a conexão entre a natureza e o coração generoso de Dona Marilda se fez sentir, através da melodia inesquecível do sabiá-laranjeira.
Abaixo, o Poema, inspirado no conto.
O CANTO DO SABIÁ
(Marcos Alves de Andrade)
Vídeo do Sabiá
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LIVRE ARBÍTRIO, análise, significado e conclusão da reflexão
“Você tem o livre arbítrio, assim, deve pensar bem ao fazer suas escolhas, pois será através delas que colherá frutos bons ou ruins, imediatamente ou no futuro.”
Reflexão publicada também no Pensador
ANÁLISE, SIGNIFICADO, CONCLUSÃO
A reflexão destaca a importância do livre arbítrio e a responsabilidade que vem com ele: a necessidade de tomar decisões conscientes e refletidas, pois as consequências, sejam positivas ou negativas, serão colhidas imediatamente ou mais tarde. Em outras palavras, as suas escolhas moldam o seu futuro, portanto, deve ponderar bem antes de agir.
Em resumo, a reflexão é um lembrete profundo sobre a responsabilidade pessoal e as consequências de nossas ações.
Análise
A reflexão é construída em torno de alguns conceitos-chave:
* Livre Arbítrio: A premissa fundamental é a existência do livre arbítrio, que é a capacidade inata do indivíduo de fazer suas próprias escolhas, independentemente de fatores externos ou predeterminados. Implica que não somos meros fantoches do destino, mas sim agentes ativos na construção de nossa realidade.
* A Importância do Pensamento Prévio: A exortação para "pensar bem" antes de agir sublinha a necessidade de ponderação, reflexão e, possivelmente, de considerar as implicações de cada decisão. Isso contrasta com a impulsividade ou a ação irrefletida.
* Colheita de Frutos (Causa e Efeito): A metáfora da "colheita de frutos bons ou ruins" representa a lei de causa e efeito. Cada escolha feita é uma semente plantada, e os "frutos" são as consequências diretas ou indiretas dessas escolhas.
* Temporalidade das Consequências: A menção de que os frutos podem ser colhidos "imediatamente ou no futuro" destaca que nem todas as consequências são instantâneas. Algumas podem ser percebidas no curto prazo, enquanto outras se manifestam ao longo do tempo, exigindo paciência e uma visão de longo prazo.
Significado
O significado central da reflexão é que o livre arbítrio não é apenas uma liberdade, mas também uma grande responsabilidade. Ele nos empodera, mas ao mesmo tempo nos torna os arquitetos de nosso próprio destino. A vida não é aleatória; ela é, em grande parte, o resultado das escolhas que fazemos. Se buscamos resultados positivos, precisamos plantar sementes positivas. Se agimos de forma descuidada ou negativa, devemos estar preparados para as colheitas correspondentes.
Conclusão
Em última análise, a reflexão é um convite à consciência e à autonomia. Ela nos encoraja a ser proativos e deliberados em nossas decisões, compreendendo que cada passo que damos molda o caminho à frente. É um lembrete de que temos o poder de influenciar nossa própria felicidade e sucesso, mas para isso, precisamos exercer nosso livre arbítrio com sabedoria, discernimento e responsabilidade. Essa perspectiva pode ser vista como um chamado à maturidade, onde reconhecemos que somos os principais responsáveis pelos resultados em nossas vidas.
A pessoa humana vive através de escolhas.
Na infância, geralmente as escolhas são feitas pelos pais, contudo, quando começa a adquirir liberdade para seus atos, a própria pessoa começa a escolher.
A pessoa pode escolher alimentos que podem ser bons ou ruins para seu organismo, ingerir bebidas alcóolicas em demasia, fumar, usar drogas ilícitas, sabendo que podem ser prejudiciais.
É a própria pessoa quem escolhe se irá viver sozinha ou com alguém, se constituirá família, o namorado ou a namorada, o companheiro ou a companheira, o esposo ou a esposa, se terá filhos, a forma de criação destes.
O trabalho é escolhido pela pessoa, assim como o local de moradia, tendo liberdade de mudar quando quiser e se tiver oportunidade.
Se a pessoa tiver força de vontade e se esforçar, estudará o curso que desejar.
A religião pode ter sido escolhida pelos pais na infância, mas a pessoa pode fazer nova escolha posteriormente, até não seguir nenhuma religião.
Os estabelecimentos, bares e locais de lazer, para comprar ou frequentar, são escolhidos pela própria pessoa.
Cabe à pessoa decidir se irá ter e/ou dirigir veículo, habilitada para tal ou não.
Quando se deparar com alguma dificuldade, inclusive doença, a pessoa poderá desistir ou procurar resolvê-la, ainda que não consiga.
A pessoa pode escolher amar ou odiar, praticar o bem ou o mal, ser alegre, ainda que esteja sofrendo, ou chorar.
Cabe à própria pessoa buscar a felicidade, se é infeliz, mediante escolhas.
Até a sua morte e enquanto tiver discernimento, cabe à própria pessoa fazer suas escolhas, por mais simples que sejam, e sempre poderá dizer sim ou não, aceitar ou recusar.
Portanto, a pessoa humana tem o livre arbítrio, assim, deve pensar bem ao fazer suas escolhas, pois será através delas que colherá frutos bons ou ruins, imediatamente ou no futuro.
(Marcos Alves de Andrade)
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